Observatório Socioeconômico do Noroeste Fluminense

terça-feira, 22 de junho de 2010

A situação do emprego na RNF




Emprego em maio nos municípios com mais de 30 mil habitantes na Região Norte Fluminense
A movimentação do emprego no mes de maio, nos municípios com mais de 30 mil habitantes, na Região Norte Fluminense, confirma a importancia do setor agropecuário. O município de Campos dos Goytacazes lidera a geração de emprego com um saldo líquido de 4.771 novas vagas nos primeiros cinco meses do ano. O saldo da agropecuária em maio foi 1.611 novas vagas, seguido pela indústria de transformação com 1.527, construção civíl com 353 e o comércio com 198 vagas. O município de Macaé apresentou um saldo líquido de 1.836 novas vagas no mesmo período. No mês de maio, a atividade de serviço gerou 562 novas vagas, a industria de transformação 322 e o comércio 185 novas vagas. São Francisco do Itabapoana apresentou um saldo líquido de 463 novas vagas no mesmo período. No mês de maio, o setor agropecuário foi responsável por 511 novas vagas. São Fidélis, apesar da recuperação no mes de maio, apresentou um saldo consolidado negativo, mostrando dificuldades para gerar emprego.
O gráfico a seguir, apresenta a trajetória de saldos nos primeiros cinco meses de 2010.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Comparação entre países valoriza IDH


Com quase 20 anos, Índice de Desenvolvimento Humano segue útil mesmo com maior disponibilidade de indicadores, diz pesquisador


Quase 20 anos depois de ter sido criado, o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) continua sendo útil — mesmo após a disseminação da internet e a difusão de inúmeros indicadores nacionais e internacionais, defende Francisco Rodriguez, chefe da equipe de pesquisa do Escritório para o Relatório de Desenvolvimento Humano, do PNUD. Em um post intitulado Ainda precisamos mesmo do IDH?, ele destaca que a principal vantagem de um indicador como esse é permitir “comparar países em uma escala única”.
O IDH “aborda uma necessidade que vai existir enquanto o mundo continuar a se caracterizar por um fosso imenso no desenvolvimento: a necessidade de avaliar nosso progresso em tornar as pessoas livres para levar o tipo de vida que elas valorizam”, escreve Rodriguez.
Isso não quer dizer que o índice seja perfeito. Ele não capta todas as dimensões do desenvolvimento humano, por exemplo. De qualquer modo, há espaço para aperfeiçoamentos. No Relatório de Desenvolvimento Humano 2010, a ser publicado em outubro, o IDH será incrementado para “levar em conta a disponibilidade de novas informações e responder a alguns de seus críticos”, escreve o pesquisador. E será apresentado ao lado de uma nova tabela de indicadores de desenvolvimento humano.
O índice foi criado em 1990, por economistas liderados pelo paquistanês Mahbub ul Haq e pelo indiano Amartya Sen, como forma de se contrapor ao PIB (Produto Interno Bruto) per capita. O conceito por trás dessa contraposição é que o desenvolvimento não se restringe a renda — por isso, além desse aspecto o IDH abrange também educação e longevidade. “O IDH era moderno e inovador. Ainda que não tenha sido o primeiro uso de índices agregados para mensurar as condições de uma nação (...), foi a primeira tentativa abrangente de avaliar e ranquear cerca de 100 países, com atualização periódica e o apoio de uma organização internacional”, destaca o pesquisador do PNUD.
Rodriguez ressalva que atualmente, “na era do Twitter e da Wikipedia”, ninguém precisa de uma organização internacional para encontrar indicadores sobre seu país. Além disso, nesses 20 anos houve uma proliferação de índices, cobrindo um grande número de fenômenos. Nesse cenário, a utilidade do IDH repousa principalmente na possibilidade que abre para comparar países, argumenta o autor. E exemplifica: “A Costa Rica tem menos da metade da renda per capita da Arábia Saudita, mas no IDH está seis posições à frente. E a Tunísia tem aproximadamente um terço da taxa de crescimento da China, mas em termos de IDH os dois países têm melhorado na mesma magnitude.”
É essa capacidade de comparar, argumenta Rodriguez, que permite ao IDH ajudar a responder perguntas básicas como “quais são os países mais desenvolvidos do mundo?”, “meu país está se desenvolvendo?”, “como ele se sai em comparação com os outros?”.

sábado, 12 de junho de 2010

O Papel do Contexto Social no Desenvolvimento Econômico Local

A moderna literatura internacional trata a questão do desenvolvimento econômico a partir de estratégias endógenas, onde redes de empresas verticais e horizontais são constituídas, possibilitando um maior poder competitivo às aglomerações produtivas. Desde do início do século XX, o economista ingles Alfred Marshall identificou, neste caso, que a influência mútua dos sistemas econômico e social coexistem em uma mesma localidade. Trocando em miúdos, o desenvolvimento de uma localidade depende dos aspectos econômicos (capital financeiro, máquinas e equipamentos, trabalhadores, etc) e também dos aspectos sociais (cooperação, civismo, reciprocidade, respeito as normas, interesse pelas questões públicas, interesse pelo aprendizado, etc). O avanço de uma sociedade a esse estagio depende de incentivos e as instituições locais tem uma grande responsabilidade nesse sentido. O poder público (Executivo e Legislativo) municipal tem que estar engajado ou não haverá evolução econômica e social na mesma localidade.
Nessse aspecto é visível as dificuldades do município de São João da Barra em sua recente trajetória. É evidente a fragilidade social, fundamentalmente, pelo desinteresse do poder público em relação a importantes questões que são essenciais para o desenvolvimento local. Tal comportamento não é compatível à movimentação econômica que evoluirá e transformará o espaço socioeconômico, levando o município a conviver com um quadro perverso que normalmente se compõe de grandes oportunidades no campo econômico e grandes problemas no campo social.

Fonte: http://economianortefluminense.blogspot.com/